Imagine a cena.

Você está num restaurante. Ao se levantar para ir ao banheiro, esbarra no copo que está sobre a mesa e derruba a sua bebida toda no chão.

O garçom vê a cena de longe, caminha na sua direção e diz:

– Você é uma desastrada mesmo! Sabia que isso ia acontecer! Precisa prestar mais atenção no que faz!

Aí você acorda (graças a Deus, né???).

A experiência pareceu ruim para você? Pois é. É porque é ruim mesmo.

Ninguém gosta de ser acusado e ofendido, especialmente quando está numa situação vulnerável. Ninguém mesmo. E isso inclui as crianças.

E se parece difícil educar uma criança sem apontar as suas falhas, a comunicação não-violenta pode oferecer uma alternativa que funciona muito bem: descreva o problema.

Isso mesmo. Apenas descreva.

A bebida foi derrubada? “Júlia, o suco molhou toda a toalha!”

Não fez o dever de casa? “João, a lição ainda está em branco”.

Bateu no irmão? “Ana, o seu irmão está chorando porque ficou com o braço doendo”.

Apenas descrever, sem julgar, sem acusar, contribui para a criança entender o que está acontecendo, assimilar e ser cooperativa, dando uma solução para o problema.

Júlia foi estimulada a pegar um pano. João se comprometeu a fazer a lição até a hora do jantar. Ana foi pedir desculpas ao irmão.

Crianças que arranjam problemas (como nós!), mas que também os resolvem porque estão livres para olhar apenas para o que aconteceu e não para culpas, acusações e críticas.

Persista. Funciona.

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